Quando tenho tempo (de verdade), gosto de me jogar na cozinha sem preocupações e por lá ficar. Aproveitando o feriado de Nossa Senhora Aparecida
Picante
no sabor e no nome, essa é uma daquelas receitas que mexeu muito com a
imaginação dos italianos. O molho “à moda das prostitutas”, ganhou o paladar do
mundo não só pelo seu sabor marcante, mas também pela facilidade do preparo. Dizem
que a receita é originária da Campania, região de Nápoles. A primeira versão
diz que as prostitutas preparavam esse prato por ser extremamente fácil, assim não
precisavam perder tempo na cozinha entre uma visita e outra. A segunda, conta
que ele era preparado pelas prostitutas para atrair os homens pela barriga para
dentro dos prostíbulos. A terceira versão afirma que uma mulher traía o marido
todos os dias e, para garantir a janta do mesmo e não gerar nenhuma
desconfiança, preparava esse molho por ser extremamente fácil e não demandar
muito trabalho.
Para
quem nunca preparou massa fresca, não precisa ter medo! Sem brincadeiras, é
extremamente fácil. A regra é muito simples: para cada 100g de farinha, você
adiciona um ovo e uma pitada de sal. Com uma máquina em mãos, o trabalho fica
ainda mais simples. O cozimento é mais rápido pela massa ser fresca, mas também
sem nenhum tipo de complicação. Sobre o molho, precisei fazer algumas
alterações. A receita tradicional pede salsinha, manjericão e azeitonas
misturadas ao molho. Eu optei por finalizar o prato com azeitonas e dispensar
completamente a salsinha e o manjericão, deixando apenas o orégano. O grande
motivo é que fui ao supermercado e , por ser feriado, não encontrei nenhum maço
de salsinha ou manjericão que estivesse vistoso. Pensando no resultado final,
optei por não colocar. Honestamente, não senti falta nenhuma. Ou seja, eles não
são tão essenciais assim!
Balança
à postos, vem comigo!
Para
5 pessoas:
- 500g de farinha de trigo + farinha para trabalhar a massa
- 5 ovos
- 2 latas de tomates pelados
- 4 dentes de alho
- 1 e ½ cebola
- 6 filés de anchova
- ½ xícara de chá de alcaparras
- ½ xícara de azeitonas pretas
- Pimenta calabresa a gosto
- Orégano a gosto
- Sal a gosto
- Q/N de azeite (para o molho e para o cozimento)
- Q/N de água (para o cozimento da massa)
- Salsinha e manjericão* opcional
Com a ajuda de um
garfo, bata os ovos no centro da farinha incorporando aos poucos a farinha.
Quando estiver complicado de bater com o garfo, comece a trabalhar a massa com
as mãos. Se você sentir que os ovos estavam pequenos demais e a massa ficar
seca, bata um ovo separado e incorpore aos poucos na massa até ela ficar macia
e homogênea.
Trabalhe a massa por
aproximadamente 10 minutos em uma superfície lisa e enfarinhada. Em seguida,
enfarinhe um pouco o bowl e deixe a massa descansar por 30 minutos. Lembre-se
de cobrir o bowl com um pano para não ressecar a massa, ok?
Em seguida, coloque as
alcaparras e os filés de aliche picados.
Com a massa
descansada, divida em seis pedaços. Enquanto trabalha um, deixe os outros 5
cobertos por um pano. No cilindro, passe a massa pela abertura mais larga (0)
três vezes, dobrando-a novamente a cada passada. Depois, vá diminuindo a
abertura do cilindro até chegar em uma boa espessura. Como trabalhei pedaços
pequenos, cheguei até a espessura 5.
Passe pedaço por
pedaço pelo cortador e reserve em porções levemente enfarinhadas. Se você tiver
um varal de macarrão, melhor ainda!
Esquente uma panela
com água, azeite e sal para cozinhar a massa. Eu prefiro fazer por porções para
não correr o risco de grudar, ok? Quando a água ferver, cozinhe a massa até ela
ficar macia – normalmente, o tempo gira em torno de 6 minutos. Se você tiver
dúvida, experimente lembrando apenas que ela deve ficar a dente. Passe por um
escorredor e sirva com molho quente. Finalize com azeitonas e/ou salsinha e
manjericão.
Dicas:
tradicionalmente, o puttanesca não se come com queijo ralado. Para deixar o
molho mais farto, pode acrescentar atum e cogumelos. Como bebida, é
aconselhável um vinho tinto com menos tanino como o Pinot e o Carménère.
Bon Appétit!
Bisous,
Mariana Muller
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