28 de fevereiro de 2014

Para comemorar o Carnaval: Brownies de Chocolate


Hoje eu acordei, como diria a minha mãe, sedenta por um docinho. Antes mesmo do despertador tocar, eu pulei da cama atrás de um pedaço de chocolate! Esse é um hábito que eu carrego comigo há muito tempo. Desde pequena demonstro sinais de ser uma pessoa agitada e um pouco muito ansiosa. Quando eu era mais nova, essa ansiedade se manifestava na hoa do café da manhã, quando eu ia até a cozinha a procura de um chocolate ao invés de um pedaço de pão. Chocolate e uma xícara de leite. Durante a adolescência fazia isso não só de manhã, como também de madrugada. Hoje, já aprendi a controlar de algumas maneiras... Mas nem sempre elas são eficazes.



Quando me encontro nessa situação e quero comer um "doce", significa que eu quero um chocolate. Não tem jeito! Pode ser ao leite, meio amargo, branco, com amendoin, cookies. Mas tem que ser cho-co-la-te.



Por causa dessa, digamos, ansiedade, minha mãe teve que desenvolver algumas técnicas ao longo dos anos. Técnicas que ela não consegue largar até hoje! O que quero dizer, é que antigamente, para se defender da minha boca nervosa e do meu irmão, ela simplesmente escondia todos os chocolates pela casa! Apesar do esforço, como nós já conhecemos todos os possíveis esconderijos, nunca é muito difícil achar uma barrinha de chocolate.

Hoje, enquanto estava caçando uma barra de chocolate, me dei conta de que queria algo mais e não somente o chocolate puro. Nada de bolos, ganaches e coisas do tipo. Queria algo mais atrativo, diferenciado e com um gosto bem acentuado. A solução que eu achei foi a de fazer: brownies.

Brownies são cremoooosos, doooooces e ainda por cima, possuem um gosto ridiculamente acentuado de chocolate. Ou seja, receita perfeita para a ocasião.



Satisfação foi pouco quando eu dei a primeira mordida!

Vem comigo!

Para uma forma de brownies (12 pedaços grandes):
  • 260g de chocolate (eu usei uma barra ao leite e outra meio-amargo)
  • 200g de manteiga sem sal
  • 3 ovos grandes em temperatura ambiente
  • 150g de açúcar
  • 1 colher de sopa de cacau em pó
  • 1 colher de café de café solúvel forte (opcional)
  • 1 xícara de chá de nozes picadas grosseiramente
  • 1 xícara de chá de farinha
Pré aqueça o forno a 180º.

Comece derretendo o chocolate com a manteiga em banho-maria. Assim que derreter, retire do banho-maria para não comprometer a massa.



Adicione o açúcar e mexa com a ajuda de um fouet. É normal a massa ficar granulada, portanto, não se preocupe!


Quebre os ovos, um a um, e mexa bem com o fouet.


Adicone a farinha peneirada aos poucos e misture bem para deixar a massa bem homogênea. Se quiser, pode deixar o fouet de lado e mexer com uma espátula de silicone.


Junte o cacau em pó, o café solúvel e o sal. Mexa bem para incorporar todos os ingredientes.



Ao final, acrescente as nozes e mexa pela última vez.

Eu forrei um pirex com papel alumínio e espalhei a massa com a ajuda de uma espátula. Se você quiser, pode apenas untar e enfarinhar a forma. Asse por aproximadamente 25 minutos. LEMBRE-SE que o tempo varia de acordo com cada forno. A partir dos 20 minutos, eu aconselho espetar uma faca e ir controlando. O brownie fica com o aspecto "solado" e deve sim ficar molhado/cremoso no meio.



Espere esfriar completamente para desenformar e cortar.

Dica: na hora de servir, esquente um pouco no microondas e adicione uma bola de sorvete de creme.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

27 de fevereiro de 2014

Comfort food: Frango Cremoso com Alho Poró e Ervilhas


Essa receitinha eu fiz em um dia que queria almoçar algo com cara de "comida caseira", mas que fugisse do tradicional arroz+feijão+filé de frango+ salada. Queria uma comidinha gostosa, reconfortante e saborosa... No entanto, diferente. Abri a geladeira e fiquei olhando pra ela um bom tempo! As vezes estou tão acostumada com certos pratos, que fica difícil criar algo completamente novo e comum. O problema é que a hora do almoço estava chegando, e eu precisava preparar algo rápido! Quando a fome bate, sai de baixo.


A primeira coisa que olhei foram os filés de frango, sempre tenho alguns preparados e temperados! Então, ali estava a minha base, agora eu só precisava dos complementos. Eu tinha comprado um talo de alho poró para fazer uma quiche, mas achei que ele ficaria interessante com o frango. Gosto do sabor forte do alho poró e acho que ele combina super com uma carne mais leve! Escolhi mais um legumes, no caso, as ervilhas. Gosto de usar ervilhas congeladas, acho que além de quebrarem um galho enorme, elas também - pasmem - são saborosas. Prato colorido né gente!

Frango, alho poró e ervilhas. Até aí tudo bem, mas cadê a liga para tudo isso? Tudo bem que o Carnaval está chegando, mas calma lá! Tudo tem limite. Por mim eu colocava uma caixinha de creme leite, afinal de contas, tá aí uma coisa que melhora qualquer prato. No entanto, como eu estou em um eterno projeto verão, optei por um creme de ricota caseiro. Se você não tiver, tudo bem! Pode colocar o meu amado creme de leite, requeijão, cream cheese. Você escolhe o que é melhor! E para finalizar, um pouquinho de mostarda dijon para dar um toque especial.


Modéstia a parte, mas ficou do caralho muito bom. Bem saboroso, cremooooso, com cara de comidinha caseira, reconfortante. Ou seja, tudo aquilo que eu estava buscando! Com certeza essa é uma receita que eu vou repetir mais vezes. Talvez, da próxima vez eu acrescente umas cenourinhas picadas!

Ah! Eu servi com um arroz branquinho, mas o frango pode ser acompanhado por uma saladinha verde tranquilamente e batata palha também!



Vem comigo!

Para 4 pessoas:
  • 500g de peito de frango em cubos/iscas/lascas
  • 1 talo de alho poró
  • 1 xícara de chá de ervilhas congeladas (eu AMO as da D'Aucy)
  • 3 colheres de sopa de creme de ricota
  • 1 colher de chá de mostarda dijon (sempre uso a da Maille)
  • 3 colheres de sopa de cebola picada
  • 2 dentes de alho amassados
  • Q/n de leite ou água
  • Sal a gosto
  • Pimenta lemon pepper ou do reino a gosto
  • Azeite

Comece limpando o alho poró. Eu não sei se vocês sabem, mas o alho poró é plantado diretamente na terra, então é muito importante limpá-lo bem para que não caia nenhuma sujeirinha terra indesejada na sua comida! Corte a raíz e as folhas verdes. A raíz você joga fora, as verdes você lava em água corrente. É sempre bom passar a faca na extensão do talo e retirar a primeira camada. Lave as folhas e a primeira camada muito bem. Depois, corte em rodelas o que der. A parte das folhas mais escura não deve ser utilizada porque é muito dura, então você pode ou jogar fora ou guardar para fazer um caldo de legumes caseiro. Rodelas cortadas e lavadas, reserve.




Em uma frigideira, refogue no azeite a cebola picada e o alho. Em seguida, refogue os cubos de frango. Certifique-se que a carne está cozida e refogue até o frango ficar douradinho. Reserve.



Na mesma frigideira, refogue o alho poró até ele murchar. Eu não gosto dele molóide, então refogo até ele ficar crocante. Faça de acordo com o seu gosto!


Quando o alho estiver bom, volte o frango para a frigideira e adicone as ervilhas. Mexa por uns três minutos.


Adicione o creme de ricota (sem regular) e a mostarda dijon. Mexa até incorporar todos os ingredientes.


Se você quiser uma consistência bem cremosa, adicione um pouco de leite ou água de acordo com o seu gosto. Acerte o sal e a pimenta.



Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

20 de fevereiro de 2014

Quebra-galho: Tapioca Recheada com Abobrinha Marinada e Gorgonzola



A primeira vez que experimentei tapioca foi com uma moça que trabalhou na casa da minha avó durante anos. Nordestina, adorava comprar goma na feira e fazer para a nossa família no lanche da tarde. Recheios mil: doce de leite e côco ralado, peito de perú e queijo, leite condensado, goiabada cremosa, catupiry e assim em diante. Além de encontrar na casa da minha avó, a tapioca sempre foi figura constante nas viagens ao Nordeste. Tanto no café da manhã do hotel, quanto nas barraquinhas de rua.

Depois que descobriram que a tapioquinha é uma ótima substituta para o pão branco, pronto, caiu no gosto do povo - em especial as mulheres. E aí, do dia para noite, a tapioca ficou famosa e requisitada. No entanto, do meu ponto de vista, bem sem graça. Sejamos honestos, ok? A tapioca não é a coisa mais saborosa da face da Terra e muito menos a mais apetitosa. Sim, ela é gostosa, mas no quesito sabor, deixa super a desejar! O ponto alto é o recheio! E por estar associada a dieta e magreza, os recheios ficaram ainda mais inssosos: frango desfiado, queijo branco, cottage, palmito, tomate, biomassa de banana... Até WHEY PROTEIN. Sabe, não é ruim mentira cof cof... Mas também não é uma explosão de sabores.


 Então, por causa disso, decidi dar um up na tapioquinha e deixá-la um pouco mais apetitosa sem pesar muito. A grande sacada foi utilizar como base um alimento que não fosse muito calórico e fácil de dar gosto sem ficar estranho. Depois, salpicar levemente com algo com um sabor um pouco mais acentuado. Aproveitei que tinha uma abobrinha marinada na geladeira e decidi misturá-la com um pouquinho de queijo gorgonzola. E não é que combinou?

Pode não ser no estilo "tapioca-zero-calorias", mas pelo menos tem muito mais sabor.


Alô frigideiras!

Para 1 tapioca:
  • 4 colheres de sopa de goma/tapioca
  • 2 colheres de sopa de abobrinha marinada
  • Queijo gorgonzola a gosto

Coloque a quantidade necessária de tapioca em uma frigideira e certifique-se de que todos os grumos/bolinhas foram desfeitas. Cubra o fundo da frigideira e ligue o fogo. A goma vai grudar e soltar do fundo. Com a ajuda de uma espátula, vire para cozinhar do outro lado.



Logo após virar a tapioca, recheie com a abobrinha marinada e rale o queijo gorgonzola por cima. Feche a tapioca, desligue o fogo e abafe com uma tampa para que o queijo possa derreter (é super rápido!).




Sirva imediatamente!

¡UPDATE! Se quiser, substitua o queijo gorgonzola pelo de cabra, também fica ótimo. Também é possível colocar creme de ricota para dar cremosidade ao recheio. 

Bon Appétit,

Bisous,

Mariana Muller

19 de fevereiro de 2014

Antepasto simples: Abobrinha Marinada com Vinagre Balsâmico


Aqui em casa, a única pessoa que realmente tem o hábito de fazer um aperitivo antes do almoço é o meu pai. Lá por volta do meio dia ele passa pela cozinha, depois pelo bar e segue direto para a varanda. E é por lá que ele fica até minha mãe chamá-lo para se sentar à mesa. Por conta desse hábito, nunca faltam queijos na nossa geladeira, castanhas e amendoins na dispensa e algumas conservas (picles, cenoura, salsichinhas, cebolinha etc) no armário. Quando ele realmente está animado, sai de baixo! Ele sai de manhã e volta (para desespero da minha mãe) carregado de pães, conservas de berinjela, pastas e outras coisinhas a mais.


O ponto é que apesar de nós (eu, meu irmão e minha mãe) não termos o mesmo hábito que ele, sempre acabamos participando filando comida do aperitivo. E de fato, é prazeroso ficar na varando apreciando o nada e degustando comidinhas e bebidinhas. Por causa dele em especial, decidi fazer o meu primeiro antepasto! Uau, que responsabilidade. Nunca na minha vida tive quedas por conservas e muito menos vontade de fazê-las.

Para variar, procurei uma coisa que sempre tem na geladeira e é super versátil: abobrinha. Com o ingrediente escolhido, o resto ficou fácil! Cebola, alho, azeite, sal, pimenta e... Vinagre balsâmico. Isso mesmo, o balsâmico é adocicado e dá um toque todo especial, sem deixar de lado a acidez do vinagre. Ou seja, perfeito para uma marinada. Em relação ao azeite, escolhi um de excelente qualidade, o Borgel. Ele é bem frutado e tem um gosto maravilhoso! Para pratos em que o azeite é necessário, lembre-se SEMPRE de escolher um bom azeite extra-virgem. Não é frescura, ele faz uma diferença enorme.

Torradinhas a postos, vem comigo! Essa com certeza é a marinada mais simples do mundo!



Para uma marinada pequena:
  • 1 abobrinha média
  • 2 colheres de sopa de cebola bem picada
  • 1 dente grande de alho amassado
  • Q/n de azeite extra-virgem
  • Q/n de vinagre balsâmico (eu usei 4 colheres de sopa)
  • Q/n de água
  • Sal a gosto
  • Pimenta a gosto

Lave bem a abobrinha e escolha de acordo com o seu gosto se quer ela ralada ou em rodelas. Eu preferi fazer ralada, ok?


Em uma frigideira quente, coloque uma boa quantidade de azeite e refogue a cebola bem picada e o dente de alho amassado. Abaixe o fogo pois, o objetivo é liberar o aroma e não queimar. Espere a cebola e o alho ficarem transparentes e adicione a abobrinha. Refogue rapidamente até ela murchar. Desligue o fogo.


Acrescente o vinagre balsâmico e mais uma quantidade de azeite. Despje água filtrada aos poucos para criar um caldo (não muito). Acerte o sal e a pimenta. Se quiser, adicione um pouco mais de azeite.


Espere esfriar e guarde na geladeira.

Bon Appétit!

Bisous,


Mariana Muller

17 de fevereiro de 2014

Para um: Mug Cake de Banana, ou simplesmente, Bolo de Caneca de Banana!


Segunda-feira acordou um pouco mais fresca quando comparada ao que estavamos acostumados: o terrível calor senegalês que assolou a cidade de São Paulo. Sem a sensação de sauna 24h por dia, hoje a tarde bateu uma vontade imensa de comer... Bolo. Bolo fofo, sabe? Nada de recheios, coberturas, cremes, mousses e todas aquelas frescuras que já estamos acostumados. Eu queria apenas um bolo e só. O problema é que para matar a vontade comer um pedaço de bolo, teoricamente, eu precisaria fazer um naquele tamanho convencional com todas as parafernalhas ncessárias: batedeira, fouet, forma etc. E claro, utilizar um forno e esperar pelo menos os 40 minutos de praxe. O problema? Paciência zero.

Até que me lembrei do tal Mug Cake, ou simplesmente, bolo de caneca. O negócio é que nunca acreditei em nenhuma receita que li. Fora que conheço pessoas que se arriscaram e no final, ao invés de uma obra de arte, obtiveram um verdadeiro show de horror. Bolo murcho liderando as reclamações, seguido de bolo ressecado pelo microondas. Então, há alguns anos, decidi que o bolo de caneca não era a minha praia. Até hoje a tarde.

Com a vontade lá nas alturas e a preguiça também, eu me rendi ao mug cake e decidi finalmente que iria testar e ver com os meus próprios olhos se dava certo.

Na dispensa: banana nanica e canela. Ou seja, o necessário.

Canecas em mãos, let's go!


Para um bolo de caneca:
  • 1 banana naninca
  • 1 ovo
  • 1 colher de sopa de leite
  • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 3 colheres de sopa de açúcar mascavo (se for usar o refinado, é melhor diminuir a quantidade)
  • 1/2 colher de chá de fermento
  • Uma pitada de canela

Você pode fazer diretamente na caneca, no entanto, fiz em uma cumbuca para depois despejar na caneca.

Bata o ovo com uma colher de sopa até formar uma massa bem homogênea. Acrescente a banana (que pode ser picada ou amassada) e misture novamente.




Adicione a farinha, o açúcar e a canela. Misture bem para incorporar todos os ingredientes. Por último, acrescente o fermente e mexa suavemente.



Leve a caneca ao microondas por 1 minuto, depois por mais 1 minuto e finalmente por 15 segundos.

Voilá! Lanche da tarde salvo por um mug cake!

Bon Appétit!

Bisous,
Mariana Muller




12 de fevereiro de 2014

Um dos melhores aperitivos: Dadinhos de Tapioca com Queijo Coalho


Se você mora em São Paulo e ainda não teve o imenso prazer de conhecer o restaurante Mocotó, pare de perder tempo e trate logo de fazer uma visita a um dos melhores pontos da cidade! Agora, se você já sabe do que estou falando... Não preciso entrar em detalhes porque sei que vai concordar com tudo o que eu disser.

O Mocotó é um daqueles restaurantes que seguem a famosa linha do: bom, barato e bastante. Sem exageros. Na realidade, eu trocaria o bom por EXCELENTE e o bastante por MUITA COMIDA MESMO (em caps lock para você entender a situação). Da cozinha do restaurante saem pratos para serem guardados na memória, cheios de personalidade e muito, eu disse muito, sabor. Talvez por isso a casa já tenha ganhado tantos prêmios e uma legião de fiéis frequentadores. Separe um sábado ou um domingo e prepare-se para enfrentar uma fila de espera daquelas bem caprichadas. CALMA! Eu garanto que isso é bom, na realidade, ótimo. Só faz aumentar a ansiedade e a vontade de mergulhar e se esbaldar em tanto sabor. Sabor carregado de brasilidade, fiel aos encantos nordestinos e com um toque pra lá de criativo.

E foi na minha primeira vez, indo até a Vila Medeiros e encarando uma fila de 3h - sim, 3h. E se você pensa que isso é um absurdo, fique sabendo que já ouvi outras pessoas falarem que esperaram mais de 4h - que eu me apaixonei perdidamente pelo cartão de visitas da casa: os famosos e fantásticos dadinhos de tapioca com queijo coalho, acompanhados de um molho de pimenta agridoce. Na primeira mordida já entendi que a minha espera não seria sofrida. E consequentemente o resto do meu almoço foi doce, senão, divino.

E toda essa história para dizer que desde então tento reproduzir os deliciosos dadinhos de tapioca aqui em casa. Seguindo a receita fiel... Ou quase! Ao invés de molho de pimenta, utilizo uma geleia de pimenta da Queensberry que me quebra uma galhão! Além do que, é uma ótima forma de impressionar os convidados e acalmar el poderoso chefão, ou seja, o meu pai.

Quer garantir o petisco do seu final de semana?

Para uma porção enorme:
  • 250g de tapioca granulada (não é aquela da Pugliesi)
  • 250g ou 4 palitinhos de queijo coalho
  • 500ml de leite integral
  • 1 1/2 colher de café de sal (opcional)
  • 1 pitada de pimenta branca


Rale o queijo de coalho e misture com a tapioca granulada.

Coloque o leite para esquentar e desligue o fogo quando levantar fervura. Em seguida, junte a mistura de queijo coalho com tapioca e misture bem para não formar grumos/pelotas. Adicione a pimenta e o sal. Como o queijo é salgado, veja se há realmente necessidade de colocar mais sal. Continue mexendo até a mistura começar a ficar firme (ela engrossa).

Forre uma assadeira ou um pirex com papel filme, isso ajudará muito na hora de desenformar. Despeje a mistura e nivele a massa alisando a superfície com a ajuda de uma colher. Cubra com papel filme e deixe a massa resfriar. Em seguida, leve a geladeira por mais de 3h (eu fiz a noite e deixei para preparar um pouco antes do almoço).

Desenforme a massa e corte em cubos.

Eu achei melhor assar ao invés de fritar (que é como manda a receita original). Pré-aqueci o forno a 180º e assei em uma forma com papel manteiga por 40 minutos (até os dadinhos ficarem moreninhos). No entanto, se você quiser seguir a receita a risca, frite por imersão os cubinhos até ficarem dourados.

Sirva com molho de pimenta agridoce ou geleia de pimenta.

¡UPDATE! Se quiser servir com melaço de cana também fica fan-tás-ti-co!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

10 de fevereiro de 2014

Massa aos domingos: Linguini com Camarão Scampi ou se você preferir, Camarão-Camarão


Existe um confeiteiro americano de origem italiana chamado Buddy Valastro, apelidado carinhosamente de Cake Boss. O cara é uma figura! Meio gorducho, filho de imigrantes italianos, possui uma confeitaria e claro, é bom de garfo. Acontece que como todo americano que ganha um reality show, dependendo do sucesso, ele ganha outro. E foi justamente isso que aconteceu. Depois de ter feito o maior barulho como confeiteiro, ele começou a produzir um programa em que cozinha pratos de origem italiana.

Tudo o que ele prepara dá água na boca, apesar das quantidades me assustarem um pouco - muito óleo, azeite como se não houvesse o amanhã, manteiga até o coração parar e por aí vai. Até que um dia vi uma receitinha bem bacana, relativamente leve e que me pareceu bem interessante para reproduzir aqui em casa sem entupir as artérias do meu pai. No caso: Shrimp Scampi.

Comecei a procurar a tradução literal, e descobri que scampi é tanto um modo de preparo como também não é. Confuso, eu sei. Scampi é um tipo de camarão bem grande - no caso, lagostim da baía de Dublin. O negócio é que ao redor do mundo, o que foi denominado lagostin em um lugar, passou a ser chamado de camarão em outros. Portanto, na maioria dos restaurantes o scampi nada mais é do que um camarão grande isso quando não querem te enganar e usam o cinza no lugar do lagostim. 

Enfim, tudo isso para dizer que alguns chefes italianos apreciavam cobrir seus scampis com migalhas de pão (farinha de rosca), molho de alho e depois cozinhá-los na grelha. Acontece que esse hábito resultou mundo afora em uma receita que atende pelo nome de Shrimp Scampi ou então, Camarão-Camarão.

Fácil e bem saboroso! É o tipo de prato em que a estrela principal de fato é o camarão, ou seja, ele não briga com outros sabores como o molho de tomate, ervas fortes e coisas do tipo. Se você gosta de camarão como eu, tem que provar.

Vem comigo!

Para 7 pessoas:
  • 1 1/2 pacote de linguini (ou qualquer outra massa de fio longo)
  • 1,700 kg de camarão rosa médio limpo (sem as vísceras, o rabo e a cabeça)
  • 4 dentes de alho amassados
  • Q/n de azeite
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • Suco de 2 limões sicilianos
  • 1/2 de xícara de chá de queijo parmesão
  • 3/4 de xícara de chá de farinha de rosca
  • Q/n de salsinha
  • Q/n de sal
  • Q/n  de Lemon Pepper ou Pimento-do-Reino



Comece pelo macarrão. Em uma panela grande esquente água com um pouco de sal e um fio de azeite. Quando a água ferver, cozinhe o macarrão de acordo com as instruções da embalagem. Lembre-se que o macarrão deve ficar al dente, ok?

Em um frigideira quente, coloque uma quantidade generosa de azeite, a manteiga e o alho amassado. Refogue em temperatura média para o alho não deve queimar. Ele deve apenas liberar o aroma.

Em seguida, adicione os camarões, o sal e a pimenta. O tempo de cozimento do camarão é essencial! Se ele passar do ponto vai ficar borrachudo, portanto, preste atenção. O ideal é mexer sempre o camarão para que ele cozinhe por inteiro. Você saberá que está bom quando ele ficar rosado. 

Quando o camarão estiver no ponto, adicione a farinha de rosca e o queijo parmesão. Mexa bem. Desligue o fogo. Adicione o suco de limão e misture novamente.

Sirva o camarão sobre a massa e salpique com salsinha.

Dica: eu comprei camarão no Mercadão de SP, na barraca Ki-Peixe e pedi para limparem. Como a limpeza é rápida, eu aconselho abrir o pacote em casa e passar uma água nos camarões, além de verificar e retirar as tripinhas que acabaram escapando.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

5 de fevereiro de 2014

Só vendo para crer: Hamburguinho de... Ricota!


A minha mãe, dona Veroca para os mais íntimos, é vegetariana de carteirinha. Esse é um dos motivos pelos quais eu faço muitos pratos sem carne, assim ela também pode comer a vontade. É muito comum ela ler alguma receita, provar algum prato fora e depois me contar para ver se reproduzimos aqui em casa. Ela chega devagarinho, como quem não quer nada, contando "meio que nem aí" mas, nunca se esquece de um único detalhe. 

A novidade dessa vez foi um tal de hamburguer de ricota. A minha reação foi "oi?". Ela pode ser vegetariana, mas eu não. As vezes uma carninha é muito bem vinda. Para os que já me viram em um churrasco, sabem muito bem disso. Hamburguer para mim tem que ser suculento, macio, saboroso... E com carne! Quando escuto a palavra "hamburguer" a primeira coisa que me vem a cabeça são as monstruosidades que saem da cozinha da Hamburgueria Nacional suspiros.

Então, AONDE QUE NESSA VIDA hamburguer de ricota é uma coisa boa? Com certeza esse foi um daqueles pratos que eu fiz bem descrente, ou seja, com a expectativa abaixo da sola do meu pé. E só para variar, felizmente eu estava errada! Leve, saboroso, bonito, crocante por fora e cremoso por dentro... Uma maravilha! E com uma boa saladinha de tomate bem temperada, posso dizer que eles formaram um par perfeito!

Hamburguer de ricota para duas pessoas:
  • 500g de ricota (uso sempre a da Yema, até hoje a melhor que já experimentei)
  • 4 colheres de sopa cheias de queijo parmesão (diga não ao de saquinho!)
  • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 2 colheres de sopa de cebola picada
  • 1 ovo
  • Suco de meio limão
  • Q/n de noz moscada
  • Q/n de cebolinha
  • Sal e pimenta lemon pepper a gosto
  • Azeite


Esfarele a ricota com a ajuda de um garfo. Em um bowl, misture a ricota esfarelada, a farinha, o parmesão, o ovo e o suco de limão. Em seguida, adicione a noz moscada, a cebola e a cebolinha. Acerte o sal e a pimenta.

Se a massa ficar mole, deixe ela descansar um pouco na geladeira.

Em uma frigideira quente, adicione um fio de azeite e comece a dourar os hamburgueres. Frite os dois lados até ficar bem dourado.

Sirva os hamburgueres de ricota acompanhados de uma salada de tomate ou de outra do seu gosto.

Dicas: se quiser uma consistência mais cremosa adicione um pouco de creme de leite ou maionese, também fica uma delícia. Caso você queira algo ainda mais light, troque a farinha de trigo por farelo de aveia. E por último, experimente adicionar alguma castanha picada (cajú, pará, nozes ou pistache).

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller