Dia desses acordei com a maior vontade de cozinhar algo
novo. Fiquei afastada do blog por falta de tempo muito trabalho e, claro,
começou a me dar um siricutico danado de ficar tanto tempo afastada do fogão. Cheguei
no escritório e comecei a pensar em algo para preparar quando voltasse para a
casa #desculpa chefe. Com o passar do dia, começou a bater uma preguiça desgraçada.
Só de pensar em ir para casa, sujar um monte de coisas e lavar depois... Me deu
vontade de abortar a missão. Mas, quando coloco algo na cabeça, não tiro. Eu
tinha que cozinhar, nem que fosse algo muito simples. Mas o que? O que era novo,
simples, fácil e parecia ser bom? Lembrei dos biscottis.
Biscotti, como é conhecido por aqui, é um biscoitinho originário
da Itália bem duro e seco é de quebrar os dentes. Sendo ainda mais
específica, ele é proveniente da região de Toscana e por lá leva o nome de cantucci ou
cantuccini (depende da cidade). E claro, como toda a boa história culinária, existem cidades
disputando pelo título de quem inventou o bendito biscoitinho. Também existem algumas lendas sobre ele. Uma delas diz que existe um manuscrito, do século 18, guardado trancado a sete chaves
porque contém a receita original do biscoito. Normalmente os biscottis são servidos ao final da refeição. São ótimos acompanhamentos para o chá, café, vinho de sobremesa, do Porto ou
licor.
Quando os biscottis apareceram aqui em São Paulo, também
passaram a ser servidos com chá. Como ele é duro (muito duro mesmo) e seco, a
graça está em mergulhar chuchar o biscotti no líquido para amolecê-lo,
para em seguida degustá-lo. É uma delícia! E fácil, muito fácil mesmo. Se
estiver sem ideia para receber alguém em casa para um café, ou simplesmente,
quer comer algo diferente, essa é uma ótima receita.
Dizem que se bem conservados em um bem pote fechado, eles
podem durar meses (pasmem!). Infelizmente não posso confirmar a informação e acredito
que nunca poderei fazer isso conhecendo bem a família que tenho. Aqui em casa
eles duraram apenas dois dias.
Para uma fornada biscottis:
- 200g de farinha
- 180g de açúcar
- 2 ovos em temperatura ambiente
- 1 xícara de chá de amêndoas cruas
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- Manteiga para untar
Pré-aqueça o forno à 180º.
Ferva as amêndoas cruas e com cascas em água quente
durante 10 minutos. Coe e descasque uma a uma. Como ela estará bem molinha, é
só apertar na pontinha que a pele sai inteira. Pique cada amêndoa (sem
preciosismo) em três pedacinhos. Reserve.
Peneire os ingredientes secos – farinha, açúcar e
fermento. Adicione as amêndoas picadas e reserve.
Com a ajuda de um fouet, bata os ovos. Adicione a
baunilha e bata novamente. Misture os secos com o líquido. A massa vai ficar bem
grudenta, então nada de pânico achando que deu tudo errado e que a minha
receita não presta rs. É assim mesmo, portanto, nada de colocar mais farinha,
ok?
Forre uma assadeira com papel manteiga e unte-o com
manteiga. Com a ajuda de uma colher (a de silicone é ótima para raspar), coloque a massa grudenta no centro da assadeira para formar um tronco.
Esse (acredite) é aquele momento em que você pensa que vai dar errado e a receita desandou. CALMA! Molhe
as mãos com água (sem encharcar) e modele. Vai por mim, dá certo. Faça um
tronco de aproximadamente 10cm de largura e 30cm de altura. Se achar melhor,
faça dois menores e mais finos.
Em forno pré-aquecido, asse o tronco por 40
minutos. Retire do forno, espere esfriar por uns dois minutos e delicadamente descole
o tronco do papel manteiga. Volte o papel manteiga para a forma.
Com uma faca de serra grossa, daquelas próprias para pão,
corte fatias de aproximadamente 2cm de largura em diagonal.
Espalhe os biscottis na forma novamente e asse por mais 10 minutos.
Isso fará com que os eles percam totalmente a umidade e fiquem bem secos.
Dica: sirva com chá, café, vinho do porto ou licor.
Bon Appétit!
Bisous,
Mariana Muller
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