Sempre comi quiche e nunca me
perguntei de onde ela vinha. Na realidade, justamente pelo nome e pelo
conhecimento raso, presumi que ela era um prato TRADICIONALMENTE francês. Você
também, né? Pois bem, saiba que fomos enganados esse tempo todo. Por pura
curiosidade fiz algumas pesquisas e descobri que na realidade a origem da
quiche é alemã whaaaaat?! A tradicional Quiche Lorraine nasceu na região
(medieval) de Lothringen e recebia o nome de “kuchen” (torta). Bom, durante
anos franceses e alemães brigaram loucamente por aquele pedacinho de
terra. Quando finalmente a região
foi incorporada ao território francês e nomeada de "Lorraine", a “kuchen” não só veio
junto como também virou "quiche".
Alemã ou francesa, o ponto é
que eu já comi muitas quiches na minha vida. No entanto, foram poucas as que
realmente valeram a pena. A melhor de todas foi em um café sem muito glamour
em Paris, bem perto da Galerie Lafayette. Perfeição define: cremooooosa, massa
espetacular e saborosa. Com certeza ela deve ter sido feita com o mais puro
creme de leite da França e toneladas de manteiga. Who knows? Só sei que era
divina. A segunda melhor quiche da vida é a que a minha mãe faz. Ela sempre
achou a receita muita prática e rápida, ou seja, ideal para fazer nos dias em
que o tempo está apertado. Fácil ou não, sempre fez muito sucesso na nossa
mesa.
Dia desses combinei de ir ao
teatro com uma amiga e antes ela passou em casa para batermos um papo. Como
tudo na minha vida passou a ser desculpa para cozinhar e alimentar o blog,
decidi fazer uma quiche para recebê-la. Lá fui eu atrás da receita da Dona
Veroca. Claro que eu pedi implorei para ela me fazer companhia do começo
ao fim. Ela ficou, meio a contra gosto, mas ficou.
Em relação a torta, ela ficou
bem leve, super cremosa e com a massa bem delicada. Para a massa, minha mãe
gosta de usar margarina por conter menos gordura. Eu, claro, escolhi utilizar manteiga e acho que assim
ficou melhor. Não vejo muita graça em cozinhar com margarina porque o resultado
não fica o mesmo, tanto no sabor quanto na textura. No final, apesar da dose de
gordura presente, dona Veroca admitiu que tinha ficado melhor mesmo.
Ah! Eu fiz meia massa para uma
forma de XXcm. Se quiser uma maior, é só dobrar as quantidades.
Para uma quiche de funghi
secchi:
- 1 xícara de chá de funghi secchi
- 1 xícara de chá de farinha
- 80g de manteiga com sal + 1 colher de sobremesa para refogar
- 3 colheres de sopa de água gelada
- 2 ovos em temperatura ambiente
- 1 caixinha de creme de leite
- 1 xícara de chá de parmesão ralado
- 170g de iogurte natural integral (um copinho)
- 2 colheres de sopa de cebola picada
- Q/N de água fervente
- Uma pitada de páprica picante
- Sal a gosto
Em um bowl, coloque água
fervente e hidrate os funghis desidratados por aproximadamente meia hora.
Enquanto o funghi hidrata,
prepare a massa. Em um bowl, junte a farinha, a manteiga e a água gelada.
Trabalhe a massa com as mãos até ela ficar lisa e homogênea.
Com as mãos, abra
a massa na própria forma. Se quiser, pode abrir a massa com um rolo. Leve a
massa à geladeira por aproximadamente meia hora.
Pré-aqueça o forno à 200º.
No liquidificador, bata os
ovos, o iogurte, o creme de leite, o parmesão e a páprica picante. Bata bem,
prove e por último acerte o sal.
Passe os funghis por uma
peneira e depois aperte-os com as mãos para retirar o máximo de água. Pique bem
miudinho.
Em uma frigideira, coloque uma colher de sobremesa de manteiga e refogue a cebola rapidamente - apenas para amolecer e não queimar. Refogue o funghi logo em seguida. Desligue o fogo e reserve.
Retire a massa da geladeira e
espalhe o funghi picado. Delicadamente, despeje o creme por cima.
Asse por 40 minutos. Depois
abaixe o fogo para 180º e asse por mais 10 minutos.
Dica: se quiser servir a quiche como prato principal, basta
preparar uma saladinha verde para acompanhar.
Bon Appétit!
Bisous,
Mariana Muller
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