30 de janeiro de 2014

Um acompanhamento que todos deveriam conhecer : Aspargos Frescos Assados


Do meu ponto de vista, todos deveriam conhecer em especial um acompanhamento: aspargos frescos assados. Isso mesmo, você leu "aspargos". Calma, estou falando daquele verdinho, fresco, crocante, e que vende em maço na sessão dos legumes. Aposto que quando leu "aspargos", ficou imaginando aquela coisa medonha que é feita em conserva, servido na maioria dos self-services , sem cor, sem sabor e sem consistência (se você gostar desse tipo de coisa, não te julgo mentira, eu julgo sim)

Eu já torci muito o nariz, no entanto, comecei a mudar de opinião quando vi o muso Jamie Oliver preparar uma receita com aspargos frescos. Achei bem interessante e diferente do que via por aí. A partir daí, comecei a dar bola para eles. Depois que experimentei os aspargos frescos do Ráscal, me rendi completamente.

Aspargos frescos são completamente diferentes dos em conserva. Para começar eles têm uma cor linda e realmente apetitosa, depois possuem um sabor bem único e para finalizar, possuem uma textura bem crocante. Já experimentei aspargos frescos em sanduíches, com ovos, em risotos, massas e por aí vai. No entanto, a forma que mais gosto são eles assados com azeite e parmesão ralado. Simples, elegante e prático. Não tem erro!

A dica é: nunca duvide do Jamie, nunca.

Para 1 maço de aspargos frescos:
  • 1 maço de aspargos frescos
  • Q/n de parmesão ralado (procure não usar o de saquinho)
  • Q/n de azeite de oliva extra-virgem (fico entre o Marquês de Marialva e Borgel)
  • Q/n de pimenta lemon pepper ou pimenta-do-reino
  • Q/n de sal


Pré aqueça o forno à 230º.

Lave os arpargos muito bem e deixe escorrendo por um tempo. Corte dois dedos da parte mais durinha do aspargo, no caso, o final dos talos. Reserve.

Em uma assadeira, regue o fundo com azeite e disponha os aspargos lado a lado. Coloque mais azeite por cima e espalhe com a ajuda de um pincel para não exagerar na quantidade. Salpique com sal e pimenta lemon pepper. Para finalizar, polvilhe o parmesão.

Asse por 10-15 minutos ou até que os aspargos estejam macios. Lembre-se que macio não é igual a molenga. Os aspargos devem continuar crocantes, ok?

Sirva imediatamente.

Dicas: guarde os finais dos talos para fazer um caldo de legumes caseiro.
Esse é um acompanhamento que vai muito bem com carnes (vermelha, peixe, frango) e até mesmo com churrasco. 

¡Update! Vale SUPER a pena trocar o parmesão por queijo de cabra!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

29 de janeiro de 2014

Delicinha: Torta de Abobrinha Ralada com Pimentão Vermelho


Abobrinhas, again! Recriminada por muitos por ser um legumes "sem graça", faz a minha alegria na hora das refeições. Refogada com pimenta, em tortas, na massa. Hm, tantas possibilidades deliciosas!

Nunca contei aqui, mas vocês já devem imaginar que eu sou o tipo de pessoa que assiste programas relacionados a comida. Top Chef, Man vs. Food, Sem Reserva, Homens Gourmet, Brasil no Prato.. E Programa da Palmirinha. Ai gente, ela é tão fofa atrapalhada! Na maioria dos programas costuma passar umas receitinhas tão perfeitas para o dia a dia que eu não resisto!

Foi de uma torta de abobrinha que ela preparou em um dos seus programas que eu criei essa daqui. Não se preocupe que pimentão vermelho é diferente de pimentão verde, portanto, dificilmente você ficará "se lembrando" dele o resto do dia. É ótima para acompanhar carnes grelhadas e até mesmo o tradicional arroz e feijão do dia a dia. 

Inclusive, essa é a típica "comida de mãe", sabe? Simples e super saborosa!

Para uma torta de abobrinha, adaptada daqui:
  • 3 abobrinhas médias (não gosto das grandes porque acho que perdem muito o sabor)
  • 1/3 de um pimentão vermelho
  • 1 colher de sopa de cebola picada
  • 1 dente de alho amassado
  • 1 colher de sopa de farinha de trigo
  • 100 ml de leite
  • 1/3 de uma xícara de chá de parmesão ralado
  • 1 ovo
  • Azeite
  • Sal e pimenta a gosto


Pré-aqueça o forno a 180º.

Lave bem as abobrinhas e rale no ralador grosso. Separe. Lave o pimentão e pique em cubinhos. Separe.

Em uma panela adicione um fio de azeite, a cebola picada e o dente de alho amassado. Frite levemente (não há necessidade de dourar). Adicione o pimentão e fique mexendo por aproximadamente 3 minutos, acrescente a abobrinha e continue mexendo até ela murchar - se ela soltar muita água, retire um pouco com a ajuda de uma concha.

Faça uma mistura com a farinha de trigo e o leite. Adicione no refogado de abobrinhas com pimentão e continue mexendo para cozinhar a farinha. Desligue o fogo. Adicione o parmesão ralado e mexa novamente até incorporar o queijo a massa.

Bata levemente o ovo e misture na massa delicadamente. Acerte o sal e a pimenta (usei a lemon pepper, mas se não tiver pode ser a do reino).

Em uma forma untada e enfarinha, espalhe a massa e coloque para assar em forno pré-aquecido a 200º por aproximadamente 30-40 minutos. O tempo varia de forno para forno, portanto, espere dourar e fique atento a consistência da massa (que não deve ficar muito mole).

Dica: modéstia a parte, fica dos deuses acompanhada de arroz branco!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

27 de janeiro de 2014

Melecas a parte: Pão de Ló!


Adoro pão de ló! Acompanhado de chá, café, vinho do porto, leite. Pode ser para o lanche da tarde, café da manhã ou qualquer outra situação. O cheiro dele morninho me faz lembrar a receita da Dona Julia, A.K.A, minha avó <3. Massa branquinha, fofa e sabor suave, ou seja, a perfeição. Depois que ela adoeceu, nunca mais comi um bolo igual. Infelizmente, minha avó levou o segredo do pão-de-ló quando ela se foi.

Pão-de-ló é uma receita considerada difícil apesar de conter ingredientes muito simples. Como dizem os mais velhos "a massa desanda que é uma beleza". Eu que o diga. Uma amiga me pediu para fazer um bolo bem-casado de aniversário. Com toda boa vontade, achei que seria uma boa. Só que não. Procurei umas receitas no Google e na hora de fazer foi um DESASTRE (com letra maiúscula). Minha massa ficou dura, horrorosa! Tive que jogar tudo fora.

Minha mãe que estava assistindo a cena, contou que havia experimentado um pão-de-ló tão bom quanto o da minha avó na casa de uma das nossas vizinhas. Deixei a vergonha de lado, peguei o interfone e pedi a receita na maior cara de pau.

Uau! Que receita fantástica! E o melhor de tudo, fácil mesmo! Já virou receita batida aqui em casa!

Para um bolo pão-de-ló:
  • 7 ovos grandes em temperatura ambiente (isso é muito importante)
  • 7 colheres de sopa de açúcar
  • 7 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 1 colher de chá de fermento
  • 1 pitada de sal


Pré-aqueça o forno à 175°.

Separe as gemas das claras.

Bata as claras em neve com uma pitada de sal. Quando elas estiverem com a consistência firma, reduza a velocidade e despeje as gemas uma a uma com a batedeira ainda ligada. Em seguida, adicione o açúcar colher por colher, sempre batendo muito bem. A massa deve ficar bem leve, parecendo um sorvete derretido.

Desligue a batedeira e acrescente a farinha peneirada colher por colher. Mexa bem devagar de forma com que a massa fique bem homogênea. Sempre de baixo para cima. 

Unte uma forma de bolo e forre com papel manteiga até a borda da forma. Despeje toda a massa e bata delicadamente a forma em uma superfície lisa, isso fará com a massa se iguale, libere as bolhas de ar e cresça de modo uniforme.

Asse por 35 ou 40 minutos (depende do forno).

Dica: se não quiser comer puro, eu recomendo uma bola de sorvete!

Bons Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

23 de janeiro de 2014

Descoberta do Dia: Omelete Recheada com Coalhada Seca e Ervilhas na Manteiga!


As vezes, quando bate aquele preguicinha de cozinhar algo mais elaborado e não quero macarrão, apelo para uma omelete. Omelete com salsinha, tomate, queijo, cebola bem picadinha e voilá: uma refeição completa. Acompanhada de uma saladinha, um arroz branco ou apenas legumes no vapor, melhor ainda! Resumindo, acho que é o melhor quebra-galho que pode existir!

Quando quero algo mais "elaborado" ou diferente do trivial, saio caçando alguns ingredientes na geladeira. No entanto, que fique bem claro que sou contra sair jogando qualquer tipo de coisa na omelete! Lembre-se que fazer aquela mistureba de coisas pode gerar uma confusão de sabores. Um sobressai mais que o outro e por aí vai. Tente equilibrar todos eles.

A base da omelete é sempre a mesma independente do que for acrescentado, que é: um ou dois ovos, uma pitada de sal e um pouco de leite. O resto vai de acordo com a minha imaginação! Achei na geladeira um restinho de coalhada seca e como a quantidade era muito pequena, provavelmente não serviria para fazer uma receita grande. O que aconteceu? Simples! Achei que seria interessante descobrir se coalhada seca na omelete combinava.

Para 2 pessoas (ou uma com muita fome):
  • 2 ovos
  • 2 colheres de leite
  • 2 colheres de sopa de cebola bem picadinha
  • 2 colheres de sopa de parmesão ralado
  • 2 colheres de sopa de coalhada seca
  • 1/3 de uma xícara de chá de ervilhas (eu uso as congeladas da D'Aucy. São ÓTIMAS!)
  • Manteiga
  • Sal a gosto
  • Pimenta Lemon Pepper a gosto (pode ser substituida pela pimenta do reino)
  • Um fio de óleo
Quebre os ovos em uma tigela, adicione a cebola bem picadinha, o parmesão ralado e o leite. Bata bem. De preferência utilize o fouet, assim a massa da omelete ficará bem aerada. Coloque o sal e a pimenta. Lembre-se que o parmesão já é salgado, portanto, não há necessidade de salgar muito a omelete. 

Passe as ervilhas em água corrente para descongelá-las. Em uma frigideira derreta em um pouco de manteiga, jogue as ervilhas, um pouco de sal e deixe por aproximadamente 2 minutos. Reserve.

Em uma frigideira bem quente, coloque um fio de óleo e espalhe a massa da omelete. Faça em fogo médio/baixo para cozinhar tudo por inteiro e não queimar. Vá virando a frigideira para escorrer para os lados a massa crua. Quando a omelete estiver cremosa em cima e dourada em baixo, desligue o forno.

Coloque a coalhada em um só lado e espalhe. Em cima da coalhada disponha as ervilhas. Cuidadosamente dobre a omelete.

Simples, diferente, levemente azedinha. Ou seja, uma descoberta que valeu a pena!

Bon Appétit!

Bisous,
Mariana Muller

22 de janeiro de 2014

Leveza em forma de sobremesa: Torta de Ricota com Raspas de Limão!


Houve uma época que quando tínhamos almoço de família, minha mãe sempre se encarregava de fazer a sobremesa. O problema, é que apesar das inúmeras receitas disponíveis, ela gostava de preparar apenas três delas: cocada cremosa, tapioca cremosa e torta de ricota. Ao longo dos anos a família foi enjoando, e felizmente, passaram a tarefa da sobremesa para uma outra tia. Desde então, nunca mais comemos os famosos pratos doces da Dona Veroca - em especial a torta de ricota com raspas de limão.

Até o final de semana passado.

Comprei uma ricota com a intenção de fazer uma massa recheada, no entanto, acabei esquecendo e ela ficou perdida na geladeira. Quando lembrei vi que ou eu usava ela já, ou então, seria obrigada a jogá-la fora. Por sorte era aniversário do meu tio, e minha mãe me pediu para fazer um doce leve por conta do calor. Há! Senti que depois de muito tempo, a família estaria pronta para comer novamente a Torta de Ricota.

Resultado: não sobrou nem um pedacinho.

Para uma torta:
  • 500g de ricota fresca (uso a da Yemma que é macia e saborosa. Sem piadas, ricota pode ser saborosa)
  • 1 lata de leite condensado
  • 2 medidas da lata de leite
  • 4 ovos - gemas e claras separadas
  • 3 gotas de essência de baunilha
  • 3 colheres de açúcar
  • 3 colheres de amido de milho
  • Raspas de um limão

Esfarele a ricota com a ajuda de um garfo, assim ficará mais fácil de bater no liquidificador. Acrescente o leite condensado, o leite, o açúcar, as gemas, o açúcar, a baunilha e o amido de milho. Bata bem até formar um líquido bem homogêneo.

Na batedeira, bata as claras em neve até ficar em pontos firmes.

DELICADAMENTE, incorpore a massa líquida as claras em neve com a ajuda de um fouet. Tente desfazer todos os grumos. Adicione as rapas do limão.

Em uma assadeira untada e enfarinhada, despeje a massa e leve para assar em forno médio por aproximadamente 40 minutos. Como o tempo pode variar de forno para forno, você saberá que a torta ficou pronta quando ela estiver moreninha em baixo e em cima, e começar estufar a ponto de abrir.

Dica: ela fica ótima quando acompanhada de sorvete de creme.

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller

20 de janeiro de 2014

Rosbife: alemão ou inglês?


Sempre tive absoluta certeza que o rosbife era um prato típico alemão, até começar a pesquisar. Alguns afirmam que é o tradicional prato de domingo dos ingleses, outros que mais alemão impossível. Honestamente, pouco me importa de quem realmente é. Alemão ou inglês, continua sendo um dos meus pratos prediletos. Acompanhado de um bom molho de cebola picadinha e maionese, e uma salada de batatas daquelas de tirar o chapéu!

Desde pequena vou com muita frequência ao Windhuk, um restaurante alemão ma-ra-vi-lho-so que fica em Moema. Eu gosto tanto da comida que eles preparam, que acabo cometendo o mesmo erro quando vou lá: fico intercalando entre os pratos que mais gosto deixando de experimentar outros. O rodízio fica entre o Paprika Schnitzel (bife de porco a milanesa com molho de páprica), o Einsbein (joelho de porco) e claro, o melhor rosbife da cidade de São Paulo! Sem exageros. Macio, cortado em finas fatias e rosado na medida certa!

Minha avó paterna, dona Lourdes, fazia um rosbife caseiro sensacional! Bem diferente do que eu como no Windhuk, no entanto, tão bom quanto. Sucesso em todos os Natais, a tradição foi passada adiante e hoje, é prato feito com constância aqui em casa!

Com certeza esse é aquele tipo prato que enlouquece qualquer pessoa que gosta muito de carne!

Para uma peça de rosbife:
  • 1,5kg  de contra filé (não uso o filé mignon porque acho sem gosto. Se for substituir, prefira o lagarto)
  • Óleo

Para a vinha d'alho:
  • 400ml de vinho branco seco para cozinhar (ou então vinagre de vinho branco serve)
  • 1 cebola grande picada
  • 3 dentes de alho amassados
  • 2 folhas de louro
  • 1 limão espremido
  • 1 colher de sopa de molho inglês
  • Sal e pimenta do reino a gosto


Limpe a peça de contra filé e reserve.

Prepare a vinha d'alho. Em um recipiente misture todos os ingredientes, coloque a carne e faça alguns furos nela para que a vinha d'alho penetre bem na peça (furos, ok? Por favor não judie da carne). Deixe na coberto na geladeira de um dia para o outro. De vez em quando, vire a peça de carne.

Para fritar é muito simples. Coloque óleo em uma panela bem quente. Com a ajuda de um garfo, vá dourando todos os lados da peça. Não faça em fogo alto porque você corre o risco de queimar muito por fora e deixar totalmente cru por dentro. Frite a carne com calma. Para testar o ponto, eu aperto a superficie da carne com o dedo. Se estiver muito mole, a carne ainda está crua demais.

Lembre-se: fazer rosbife requer paciência. Muita paciência.

Quando a carne estiver pronta, coloque em um bandeja, prepare a faca elétrica e tente cortar finas fatias. Impossível fazer igual a que oferecem nos restaurantes, a não ser que você tenha um cortador de frios na sua cozinha.

Dicas: caso sobre, não se faça de rogado e monte um sanduíche. O gosto acentua depois de um tempo e fica melhor ainda!
Eu gosto de comer com salada de batata, mas nada que não possa ser subtituído por legumes como vagens, ervilhas, cenouras etc.

Bon Appétit!

Bisous,


Mariana Muller

16 de janeiro de 2014

Stupendo: Conchiglione Gratinado com Recheio à Base de Ricota


Não adianta. Nutricionistas abominam, quem quer perder uns quilinhos sofre (e não adianta falar o contrário que não acredito!), o personal trainer fala que é a primeira coisa a ser cortada, já foi comprovado que a digestão é rápida e portanto não alimenta muito, não é rica em minerais e outras coisas que o nosso corpo precisa. Mas, apesar de tudo e todos conspirarem contra, difícil encontrar uma pessoa que não sucumba ao prazer de se deleitar com um belo prato de massa.

Com molho vermelho, branco, aos queijos. Recheada com carne, presunto, castanhas. Ou simplesmente com manteiga, alho, parmesão ralado. Spaghetti, talharini, lasanha, fusili, rigattoni, raviolli, capeletti, parafuso. Whatever, sou fã declarada e não tenho a menor vergonha disso! Tem coisa mais gostosa, prática e reconfortante do que um belo prato de massa em um dia frio? Não, não tem caro leitor.

Sempre que vou a zona cerealista da cidade, faço uma visitinha a casa Flora. Para quem não conhece, é um empório fantástico! Repleto de especiarias diferenciadas, queijos importados, vinhos e, massas. Boas massas italianas - não estou falando de Divella, estou falando DAQUELAS. E toda vez que entro no empório, não consigo sair de lá com as mãos vazias. Dessa vez me dei de presente uma caixa de conchigliones artesanais.

Comprei uma boa ricota, algumas castanhas e já comecei a elaborar um prato para o final de semana. Não precisava de muito, afinal, a estrela principal seria o conchiglione em si.

Para 4 pessoas:
  • 1 caixa de conchigliones
  • 500g de ricota
  • 3 colheres de sopa de requeijão cheias
  • 1 xícara de chá de parmesão ralado (evite o de saquinho!!!)
  • 1/3 de um pedaço de gorgonzola ralado
  • Mix de temperos (orégano, alho desidratado, manjericão)
  • Noz moscada ralada na hora (só um pouco!)
  • Q/n de castanhas de cajú picadas (se não tiver, improvise: pistache, castanha do pará, nozes etc.)
  • Q/n de molho de tomate
  • Azeite
  • Sal a gosto


Em uma panela, aqueça água para cozinhar o macarrão. Salgue com sal e coloque um fio de azeite. Cozinhe a massa de acordo com as instruções estipuladas na embalagem. Depois de pronto, escorra e deixa esfriar.

Amasse a ricota e misture com o resto dos ingredientes. Procure deixar o recheio bem uniforme. Dessa forma, será muito mais fácil de rechear as conchas. Prove e acerte o sal.
Com a ajuda de uma colher de sobremesa, faça pequenas bolinhas com o recheio. Delicadamente - eu digo delicadamente porque estraguei as primeiras conchas rs - abra as conchas e preencha com o recheio. Provavelmente você não conseguirá rechear todas as conchas, então, não se preocupe se sobrarem algumas.

Fore uma forma com o molho de tomate e disponha as conchas recheadas. Polvilhe com parmesão ralado. Coloque para assar até o queijo derreter e o molho borbulhar.

Dica: lembre-se de separar um bom vinho tinto para acompanhar a refeição!

Bon Appétit!

Bisous,


Mariana Muller

15 de janeiro de 2014

Já entrou no TOP 5 de 2014: Estrogonofe de Cogumelos!



Você que sempre foi acostumado a comer ESTROGONOFE, com arroz branco e batata palha e SEMPRE achou o prato mais comum de todos, está redondamente enganado. Saiba que aqui no Brasil, lá no final da década de 70 e durante os anos 80, quem queria ser chique servia STROGONOFF  aos convidados - e isso valia para os jantares mais requintados até as super festas!

Aí, como toda comida que um dia já foi chique, hoje é brega. Assim como o tomate seco, o salmão, a alface americana, o carpaccio, gelatina colorida (sim, chocante né?) e outros muitos pratos/comidas, o STROGONOFF caiu nas graças do povo. Resultado? Nem o nome se salvou, abrasileiraram o querido STROGONOFF para o ESTROGONOFE. E repare, hoje o estrogonofe marca presença apenas em menus mais "simples", bem comida do dia-a-dia.

Morena Leite, chef do restaurante Capim Santo inovou e sambou na cara de muita gente fresca. Ela simplesmente pegou o brega estrogonofe e deu um banho de modernidade no mesmo. Começou trocando a carne por cogumelos (shitake, paris e shimeji), depois dispensou o creme de leite e colocou coalhada seca e simplesmente limou a batata palha, dando espaço para os chips de batata-doce.

Pronto, salivei loucamente. Resultado? Uma ida ao supermercado, três bandejas de diferentes tipos de cogumelos e duas batatas-doce. De quebra um desvio até uma casa árabe.

Beijos, o ESTROGONOFE de cogumelos entrou na minha lista dos TOP 5 de 2014. E olha que o ano nem começou direito!

Para 4 pessoas:
  • 1 bandeja de cogumelo paris fresco
  • 1 bandeja de shimeji fresco
  • 1 bandeja de shitake fresco
  • 1/2 cebola picada
  • 1 dente de alho amassado
  • 2 colheres de sopa de vinho branco (o que tiver na geladeira. Como diria a minha mãe "um bem baratinho")
  • 1 tomate picado
  • 200g de coalhada seca (se não gostar do azedinho, fique com o convencional creme de leite) 
  • 1 colher de sopa de mostarda de dijon (sempre de boa qualidade. Uso e abuso da Maille)
  • 1 colher de sopa de ketchup
  • 1 colher de café de páprica picante
  • 2 conchas de caldo de legumes
  • Azeite
  • Sal e pimenta do reino a gosto

NÃO lave os cogumelos, passe apenas um paninho umedecido. Quando os cogumelos entram em contato com água eles agem como esponjas e sugam muito líquido. Na hora de cozinhar é um horror. Depois de limpar e tirar qualquer resíduo de terra que possa ter, retire os cabinhos (apenas do shitake) e corte em fatias. Separe.

Pique a cebola, o tomate e amasse o alho. Reserve.

Em um frigideira quente, coloque um fio de azeite e comece refogando a cebola. Quando ela estiver ficando transparente, adicione o alho. Não deixe o alho queimar, ok? Adicione todos os cogumelos fatiados e refogue rapidamente. Jogue o vinho branco e continue mexendo. Acrescente o tomate picado e continue refogando. Misture a mostarda, o ketchup e a páprica. Em seguida, coloque a coalhada seca e mexa bem. Acrescente as duas conchas de caldo de legumes Acerte o sal e adicione pimenta do reino se quiser. 

Para os chips de batata-doce:
  • 2 batatas-doce 
  • Azeite
  • Sal


Pré-aqueça o forno a 180º.

Lave bem a batata-doce, pois, os chips serão feitos com a casca. Com a ajuda de um mandolin (= fatiador de legumes), corte FINAS rodelas de batata-doce. Gente, tem que ser FINA mesma, caso contrário a fatia não ficará crocante e não poderemos chamar o prato de CHIPS. Ok?

Em uma assadeira, disponha as rodelinhas lado a lado. Com a ajuda de um pincel, molhe todas as rodelas com azeite (não precisa lambuzar). Polvilhe com sal e coloque para assar por aproximadamente 30 a 40 minutos.

Retire do forno quando elas estiverem douradas e espere uns 5 minutos antes de servir, assim elas ficarão crocantes.

Sirva com arroz branco, integral, selvagem, vermelho. Isso fica a sua escolha! 

Bon Appétit!

Bisous,
Mariana Muller

8 de janeiro de 2014

Aperitivos: Burrata e Bruschetta desconstruída!



Há cerca de dois eu descobri a burrata e nunca mais larguei dela. Fomos jantar em uma pizzaria chamada Quintal do Brás (super indico) e de entrada pedimos uma burrata para petiscarmos. Foi amor à primeira mordida! Para quem não sabe o que é uma burrata, eu explico! É um queijo feito à base de mussarela de búfala e/ou (depende do fabricante) mussarela convencional  e creme de leite. A casca é "rigída" quando comparada ao seu interior, que é cremooooso. Ela tem um gosto meio azedinho - lembra quase um iogurte natural - e combina super bem com azeite, pães, torradas e vegetais frios.

Até então eu só conhecia a burrata da Balkis, que apesar de industrializada quebra um galhão! Até hoje ó encontro para vender no Pão de Açúcar do Morumbi e na Casa Santa Luzia. Em ambos os lugares sempre fico com uma dorzinha no peito na hora de comprar... O preço não ajuda nem um pouco! Ano passado, durante um passeio ao mercadão (sim, eu chamo de passeio porque acho divertido) encontrei uma da marca Vitalatte e comprei para experimentar. Achei o sabor um pouco mais suave que a da Balkis, no entanto, tão boa quanto!

Modéstia a parte, as minhas bruschettas são muito boas e quando faço algum petit comité ou girls night aqui em casa, essa entrada é sempre pedida. Então, em uma dessas oportunidades (no caso, final do ano passado), eu resolvi inovar e unir o útil ao agradável: uma bruschetta desconstruída com a nova descoberta, a burrata da Vitalatte. Eu torrei os pães e coloquei os tomates a parte, assim cada um podia colocar o tanto que quissesse!

Para 4 pessoas, você precisa de:

·         1 filão de pão italiano cortado em fatias
·         5-6 tomates maduros (eu não gosto deles muito moles)
·         1 dente de alho grande
·         Azeite extra-virgem de BOA qualidade
·         Folhas de manjericão frescas
·         Sal e pimenta-do-reino à gosto


Pré-aqueça o seu forno à 180°.

Descasque um dente de alho e esfregue os dois lados de cada fatia de pão italiano. Disponha todas as fatias em uma forma e asse por aproximadamente 10 minutos ou até elas ficarem levemente douradas. Disponha em um prato e reserve.

Aqueça uma frigideira, regue com um fio de azeite e coloque o alho amassado (utilize o que você usou para as fatias de pão). Refogue os tomates rapidamente (rápido mesmo!), tempere com sal e pimenta do reino. Pique algumas folhas de manjericão e acrescente ao tomate.

Vocês se lembram que eu disse que essa é uma bruschetta desconstruída? Então pegue um prato e faça uma cama com os tomates previamente refogados. Coloque a burrata no centro, amasse levemente e regue com um fio de azeite. Regue com azeite as fatias de pão reservadas. 

Dica: a burrata impressiona em qualquer ocasião. Memorize isso! rs

Bon appétit,

Beijos,

Mariana

7 de janeiro de 2014

Resquícios do Natal: a lata de pêssegos em calda que virou torta!


Final de ano é aquela loucura! E quando eu digo "final de ano", leia-se dezembro. Eu não sei explicar, mas parece que as pessoas tendem a surtar levemente nesse mês.  O trânsito piora, as lojas ficam mais cheias, os supermercados lotados, as filas de restaurantes maiores e por aí a fora. Mesmo que você não seja uma pessoa naturalmente frenética, tenho a leve sensação que acaba ficando por tabela! Tirando esses detalhes, ainda por cima tem o Natal. E aí sim, as pessoas surtam de vez.

Natal é sinônimo de comilança (pelo menos para a minha família de gordilhos rs). Sempre tem comida demais! As compras nunca são muito sensatas e o resultado é óbvio: em janeiro o armário/freezer continuam cheios de comidas compradas especificamente para a ceia do dia 24. Castanhas, nozes, bolinhas de peru, abacaxi em calda e o mais famoso e comum de todos, pêssegos em calda.

Esse ano olhei bem para aquela lata de pêssegos e pensei  o que podia fazer com ela. Não adianta abrir porque aqui em casa não tem público para isso. Come-se três metadinhas e o resto fica esquecido na geladeira até minha mãe jogar fora. Por que não inovar?

Sem trabalho e sem dor de cabeça deveria ser o nome da torta. NUNCA na minha vida fiz uma torta tão fácil! Não é exagero. Pela primeira vez a minha pia ficou arrumada (sim, isso é um milagre de ano novo!).

Prepare-se para dar um fatality na sua lata de pêssegos em calda!

Para uma torta:
  • 1 lata de pêssegos em calda
  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 3/4 de uma xícara (chá) de açúcar
  • 3/4 de uma xícara (chá) de leite
  • 1 colher de sopa de fermento
  • 100g de manteiga sem sal


Pré-aqueça o forno à 200º

Abra a lata, despreze a calda e pique os pêssegos. Derreta a manteiga no microondas e reserve. Em um bowl misture a farinha, o açúcar, o leite, a manteiga e o fermento. Adione os pêssegos picados e misture.

Unte e enfarinhe uma forma ou pirex e espalhe a massa. Asse por aproximadamente 40-45 minutos.

Fácil, né? E DELICIOSA, juro! Ela fica bem molhadinha e ao contrário do que muitos pensam, ela não é muito doce.

Dica: se quiser comer a torta quente, eu sugiro uma bola de sorvete de creme como acompanhamento!

Bon Appétit!

Bisous,

Mariana Muller